quinta-feira, 21 de junho de 2007

"Moore desconstrói a idéia de que boas histórias precisam ser baseadas em arquétipos mitológicos. A "realidade" é bem mais complexa. Batman não é apenas o modelo do herói, o Coringa não é somente o pícaro, a personalidade de Gordon é bem mais complexa que um mero guardião.Próximo ao desfecho, o autor brinda o leitor com um instante de aparente lucidez do Coringa. Por um breve momento, Batman tem contato com o jovem e pouco talentoso comediante que viria a ser o vilão. E se no início as tramas dos dois caminhavam em direções opostas, no final, quando o Palhaço do Crime exibe uma ponta de sanidade, a loucura de Batman aflora. Alan Moore faz uma genial analogia entre uma velha piada de loucos e o medo que o Coringa tem de tentar viver novamente e, mais uma vez, a vida o afrontar com a decepção. Na percepção do autor, depois da tragédia que levou sua sanidade, o personagem não suportaria uma segunda."

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