quarta-feira, 20 de junho de 2007

A importância do antagonista dentro das Histórias em quadrinhos.

Por questões psicológicas, físicas, caráter, forma de agir, entre outros, os antagonistas se diferenciam dos protagonistas. Esse tipo de personagem, antagonista, é representado de diversas maneiras nas histórias em quadrinhos, e é criado pela necessidade de ter uma força contrária, que age contra o protagonista, o herói.

Nesse contexto de oposições formam-se conflitos, podendo em alguns dos casos ser intero, isso ocorre quando o protagonista é o próprio antagonista. Os conflitos existentes ajudam os roteiristas e ilustradores a mostrar de uma melhor forma os personagens, dando-lhes uma identidade, uma vida.

“O conflito é ingrediente essencial de qualquer trabalho dramático, seja no palco ou na tela. Sem conflito não teremos história capaz de prender o público. Uma história retrata a luta na qual a vontade consciente de alguém é empregada para atingir uma meta específica, uma meta difícil de ser alcançada e cuja consecução encontra resistência ativa” ( HOWARD; MABLEY, 2002, p.82.)

As histórias giram em torno do protagonista, mas em algumas vezes o antagonista surge como personagem principal, o que ocorre em Batman: A Piada Mortal, de Alan Moore, onde há ênfase na história do antagonista, o personagem Coringa.

Coringa é um dos antagonistas mais famosos das histórias em quadrinhos, tanto que os conflitos entre ele e o herói Batman foram para o cinema e sempre são conceituados como um dos mais interessantes. Parte desse mérito provém da construção desse antagonista, cheio de senso de humor e que sempre tem uma brincadeira fatal para atrapalhar os planos do seu arqui-rival.

Em algumas histórias o protagonista depara-se com um ambiente nada conveniente para seus planos de salvar o mundo, cidades e pessoas. Algumas vezes aparecem diversos antagonistas na história, justamente para complicar a situação do herói e isso ajuda o roteirista e o ilustrador trabalharem de formas diferentes, explorando outros aspectos visuais, de diagramação e contexto.

Segundo (apud Howard e Mabley, pág. 58) quando se está criando um antagonista, ele, o autor, se preocupa em dar os benefícios necessários de um vilão, para torná-lo mais atraente, formidável e persuasivo.

Vemos que criar um protagonista, é interessante para a história. Mas criar um antagonista, é fundamental para a complementação da história. Para ter duas forças opositoras se batendo de frente. Gerando ação, emoção, drama, suspense.

No quadrinho A Piada Mortal, vemos como um homem comum, pode se tornar um antagonista. Podemos ver o que o cotidiano difícil de alguns, pode levar a ter que tomar algumas medidas, que muda toda a história de sua vida. De um simples contador de piadas, ao vilão mais conhecido e “admirado”, por alguns leitores, por sua insanidade, irreverência e suas loucuras, o que retrata um bom vilão, e que acabou virando um ícone no meio dos antagonistas.

Segundo Howard e Mabley, os antagonistas são aqueles que, fazem a força opositora, e quem resiste ativamente aos esforços feitos pelo protagonista.

O que seria do protagonista se não fosse o antagonista? Simplesmente podemos ver que as histórias acabariam sem muita ação, as tramas não seriam as mesmas tramas. Por isso a importância e a necessidade de se criar um antagonista. Para que duas forças contrárias lutem, e dêem continuidade as histórias em quadrinhos.

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